Centenas de manifestantes pró-Palestina impediram o acesso de pessoas ao Museu do Holocausto de Montreal, antes de um evento que contaria com a participação de reservistas do exército israelense. Segundo os relatos ouvidos pela imprensa, alguns presentes no protesto teriam gritado “Morte a Israel, morte aos judeus”, entre outras provocações.
Os organizadores da programação no museu, a Federação CJA, um importante grupo da comunidade judaica local, e o Centro para Israel e Assuntos Judaicos, emitiram um comunicado durante o ocorrido, afirmando que os manifestantes estavam “tentando bloquear o acesso ao edifício e assediando aqueles que tentavam entrar”.
Ainda, a nota das organizações judaicas denunciaram que a mobilização não se tratava de opiniões políticas ou de um conflito estrangeiro, mas era "uma intimidação intencional aos judeus de Montreal". Segundo eles, “os judeus deveriam ser capazes de se reunir sem a necessidade de proteção".
O ocorrido envolveu confrontos com a polícia, que usou spray de pimenta para conter alguns participantes do protesto, mas não há relatos de prisões.
Numa declaração, o CJA e o Centro para Israel e Assuntos Judaicos (CIJA) disseram que partilharam as suas preocupações de segurança com as autoridades antes do evento, mencionando “os últimos meses de escalada de protestos de ódio” no país. Apesar disso, afirmaram que a polícia “não foi capaz de manter zonas tampão e não conseguiu garantir o acesso a todas as entradas e saídas” do museu.
Segundo o canal canadense National Post, a mobilização pró-Palestina foi organizada por um grupo de estudantes da Universidade pública de Concordia, localizada em Montreal.
Os casos de antissemitismo e manifestações contra a ofensiva de Tel Aviv em Gaza, iniciada após o massacre do dia 7 de outubro do Hamas em solo israelense, têm se espalhado pelos países, com diversos protestos e ataques contra judeus já registrados nos últimos meses.
No mês passado, uma ciclista canadense foi impedida de discursar em um evento do Dia Internacional da Mulher, na província de Ontário, depois que grupos pró-palestinos descobriram que ela já serviu nas Forças de Defesa de Israel (IDF).
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