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O Estado Islâmico do Khorasan, que assumiu a responsabilidade pelo atentado que deixou pelo menos 137 mortos nos arredores de Moscou, esteve por trás de várias tentativas de ataque em território francês nos últimos meses, afirmou nesta segunda-feira (2) o presidente da França, Emmanuel Macron.
Em visita à Guiana Francesa, antes de sua chegada ao Brasil, o mandatário francês disse que, levando em conta as “ramificações” e “intenções” do Estado Islâmico do Khorasan, foi estabelecido o alerta máximo na França como “medida de precaução”.
Em um comunicado no início de sua visita ao território ultramarino da América do Sul, Macron afirmou que a decisão, tomada neste domingo (24), se baseia em “elementos críveis e sólidos”.
Depois de ressaltar que os serviços secretos da França e dos seus principais parceiros internacionais concordam em atribuir a autoria do ataque de sexta-feira na capital russa a essa entidade do Estado Islâmico que tem bases na Ásia Central, Marcron instou a Rússia a "evitar qualquer instrumentalização ou deformação e ser exigente e eficaz” quanto ao episódio.
“Seria cínico e contraproducente para a Rússia e para a segurança dos seus cidadãos usar este contexto contra a Ucrânia", advertiu.
Questionado se pretende falar com o presidente russo, Vladimir Putin, Macron disse que “em um primeiro momento, foram estabelecidos contatos em todos os níveis, técnicos e ministeriais, para podermos propor a nossa cooperação (antiterrorista)”.
“Tendo em conta a informação que os nossos serviços secretos possuem e os elementos que podem ser úteis aos russos, isso será feito nesse nível", acrescentou.
O nível máximo de alerta terrorista na França significa, antes de mais nada, um maior número de patrulhas por parte das autoridades e dos militares da missão Sentinelle em locais particularmente sensíveis como estações, centros comerciais e espaços com grande fluxo de pessoas.
Desde janeiro de 2015, foram cometidos 24 ataques terroristas na França e quase 50 foram frustrados. Nos últimos cinco anos, 1.500 pessoas foram presas em conexão com ações ou preparativos terroristas e há 6.500 pessoas sob vigilância dos serviços secretos franceses.