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A Frente al-Nusra, grupo radical da oposição síria, disse ontem ser leal ao líder da rede terrorista Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri. No entanto, negou laços com o braço iraquiano do grupo terrorista, que havia dito na terça-feira que os dois grupos se fundiram.

Em gravação divulgadas em um fórum seguido por militantes radicais islâmicos, o chefe do grupo radical sírio, Abu Mohammed al-Julani, afirma que o comunicado iraquiano foi feito sem o consentimento da Frente al-Nusra.

"Nós informamos que nem nosso comando, nem sua Shura [conselho consultivo], nem seu responsável geral estavam cientes deste anúncio. Eles souberam através dos meios de comunicação e, se o discurso é autêntico, não fomos consultados."

Julani diz que o movimento continuará leal a sua imagem construída e que não pretende se unir a nenhum grupo. Na terça, o líder do Estado Islâmico do Iraque, Abu Bakr al-Baghdadi, disse que havia financiado células de combatentes da Frente al-Nusra desde os primeiros dias da rebelião síria, há dois anos.

Nota

Em nota divulgada em sites islâmicos, ele declarou que os dois grupos passariam a operar conjuntamente sob o nome de Estado Islâmico do Iraque e do Levante. "Agora é hora de declarar diante do povo do Levante e do mundo que a Frente al-Nusra não é senão uma extensão do Estado Islâmico do Iraque, e parte dele."

A Frente al-Nusra ficou conhecida no ano passado, quando começou a reivindicar a autoria de vários atentados a bomba em Damasco e Aleppo, as duas principais cidades da Síria. Desde então, o grupo ampliou suas operações para todo o país, recrutando combatentes e assumindo papel importante na captura de territórios.

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