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Cartaz inserido no site da organização separatista com o rosto de George Zimmerman | Reprodução
Cartaz inserido no site da organização separatista com o rosto de George Zimmerman| Foto: Reprodução

O grupo separatista Partido Novas Panteras Negras, sem relação com o Partido Panteras Negras dos Estados Unidos, pediu neste sábado (24) a mobilização de 5.000 homens para que capturem George Zimmerman, que matou o adolescente negro Trayvon Martin.

A organização conhecida por suas siglas NBPP planejava outra manifestação em frente à delegacia de polícia de Sanford, centro da Flórida (sudeste) neste sábado e colocou em seu site uma foto de Zimmerman que diz: "procurado vivo" e em letras brancas destacam: "nem morto, nem ferido".

Segundo o jornal Orlando Sentinel, os ativistas fizeram um chamado para mobilizar 5.000 seguidores para contribuir com a captura de Zimmerman, o vigia voluntário de um bairro de Sanford que cometeu o disparo mortal contra o adolescente Trayvon Martin, enquanto este caminhava desarmado para a casa de uma amiga de seu pai, alegando que agiu em legítima defesa.

A polícia de Sanford disse à AFP neste sábado que estava a par do protesto do grupo NBPP, mas que desconhecia o chamado para capturar Zimmerman.

O fato ocorreu há quase um mês, em 26 de fevereiro passado, e o autor do homicídio não foi preso nem acusado enquanto revelações de testemunhas e de uma ligação de emergência deram elementos à opinião pública para considerar que se deve realizar uma investigação mais exaustiva e que o crime pode ter sido motivado por preconceito racial.

"Nós não odiamos ninguém, odiamos a injustiça", disse Mikhail Muhammad, líder do grupo afro-americano definido como um grupo separatista negro pela Southern Poverty Law Center, uma instituição que luta contra o racismo e a intolerância organizada nos Estados Unidos.

Este grupo realizou três manifestações em frente ao quartel da polícia de Sanford - 400 km ao norte de Miami- para exigir a prisão de Zimmerman em um caso que na sexta-feira chegou à Casa Branca. O presidente Barack Obama qualificou o ocorrido de "tragédia", enquanto ocorreram protestos em diversas partes do país.

Após a reação do presidente Obama, o advogado de Zimmerman, descrito como um latino branco cuja mãe seria peruana, fez pela primeira vez declarações à imprensa e afirmou que seu cliente não é racista.

"Perguntei a ele, 'é racista?', 'tem algo contra os negros?'", e ele disse que não, disse o advogado Craig Sonner à rede CNN e explicou que se trata de um caso de legítima defesa, o que está amparado na legislação americana.

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