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 | Marcelo Elias / Gazeta do Povo/Arquivo
| Foto: Marcelo Elias / Gazeta do Povo/Arquivo

Quatro pessoas que estavam desaparecidas desde o dia 2, depois que partiram de lancha da ilha malaia de Bornéu, foram resgatadas por um pesqueiro vietnamita. Mas o que mais surpreendeu é que os espanhóis David Hernández e Marta Miguel, que sobreviveram durante nove dias filtrando água do mar, inspirados em um filme, e comendo peixes voadores e mexilhões crus.

As autoridades malaias receberam a notícia na quinta-feira de que os quatro desaparecidos haviam sido resgatados quando foram interceptados por acaso por um pesqueiro na região das ilhas Spratly, área disputada próxima do atol de Layang-Layang, muito conhecida entre mergulhadores. A Guarda Costeira descobriu então que o grupo havia sido resgatado por um pesqueiro vietnamita.

David, Marta e os outros dois sobreviventes (uma malaia e um chinês) estão em boas condições de saúde e foram levados para Kota Kinabalu.

“Sempre tivemos esperança. Nunca achamos que fosse o final”, disse à EFE Marta, 30 anos.

O grupo acabou ficando à deriva no barco de 12 metros após se afastar muito da costa e ser derrubado por uma onda, tendo o motor destruído. Com boas condições de clima, mar tranquilo e peixes que sem querer saltavam para dentro, eles já tinham comida garantida. Ainda havia mexilhões grudados à embarcação.

“O mar é implacável, mas também foi generoso conosco”, afirmou David, de 29.

Os dois ficaram com graves queimaduras pelo sol, mas conseguiram se hidratar: Marta disse ter se lembrado de um filme no qual se filtrava a água salgada utilizando vidros para separar o sal. Depois, aprimorou sua técnica usando bolsas de plástico, filtrando os minerais.

“Fazendo isso quatro vezes a hora, tínhamos água que poderíamos beber com frequência”, contou Marta.

O barco vietnamita que os encontrou à deriva não informou as autoridades malaias”, ele pescava de forma ilegal, invadindo as águas territoriais do país. Os pescadores os alimentaram os deixaram em seu território. Depois, eles informaram as autoridades do país onde estavam antes. Agora, resta a Marta e David, que moram na Malásia, recuperar forças.

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