O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a queda de Bakhmut representaria um “caminho aberto” para os russos aprofundarem seus avanços no leste ucraniano| Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO
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Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário Wagner, a principal força de assalto da Rússia nos combates por Bakhmut, no leste da Ucrânia, disse nesta quarta-feira (8) que seus combatentes assumiram o controle de toda a parte oriental da cidade.

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“Tudo a leste do rio Bakhmutka está completamente sob o controle do Wagner”, afirmou Prigozhin no Telegram. A cidade, localizada no oblast de Donetsk, é a principal frente de batalha na guerra da Ucrânia hoje e seu controle é disputado pelas forças de Kiev e Moscou desde o final do ano passado.

Na semana passada, Prigozhin havia dito que Bakhmut estava praticamente cercada, exceto por uma estrada de acesso, e pediu que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, retirasse suas tropas da cidade – o que não ocorreu.

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No início da semana, o conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak disse que a defesa que Kiev faz de Bakhmut “atingiu seus objetivos em 1.000%” e foi “um grande sucesso estratégico”, ao impor perdas aos invasores russos e dar tempo para treinar mais tropas ucranianas.

Porém, Zelensky disse depois que a queda de Bakhmut representaria um “caminho aberto” para os russos aprofundarem seus avanços no leste ucraniano.

“Entendemos que, depois de Bakhmut, eles poderiam ir mais longe. Eles poderiam ir para Kramatorsk, eles poderiam ir para Sloviansk, seria um caminho aberto para os russos depois de Bakhmut para outras cidades na Ucrânia, na direção de Donetsk”, disse à CNN.

Nesta quarta-feira, entretanto, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, negou que a conquista de Bakhmut representaria uma virada pró-Rússia no conflito.

“Não podemos descartar que Bakhmut, no fim, possa cair nos próximos dias. Contudo, também é importante destacar que isso não reflete, necessariamente, um ponto de inflexão da guerra, e só destaca que não devemos subestimar a Rússia”, disse o norueguês, ao chegar à reunião de ministros da Defesa dos países que integram a União Europeia, realizada em Estocolmo, na Suécia. (Com Agência EFE)

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