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Uma conta de Telegram associada ao Grupo Wagner afirmou nesta quarta-feira (23) que a queda de avião na qual o líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, teria morrido teria sido resultado de um ataque das forças armadas da Rússia.
O canal Gray Zone, ligado ao Wagner, afirmou numa publicação que “o avião foi abatido no céu da região [russa] de Tver pelas forças de defesa aérea do Ministério da Defesa da Rússia”.
Um funcionário do governo russo, falando sob condição de anonimato, disse ao The Moscow Times que acredita na possibilidade de um ataque contra a aeronave.
“Não muito longe da residência do presidente [Vladimir Putin] em Valdai, há quatro divisões de S-300 PMU1s [sistemas de defesa antimísseis] guardando o céu”, disse a fonte. “Em 24 de junho — uma marcha sobre Moscou [a rebelião do Wagner contra o governo russo]. E em 24 de agosto — dois mísseis. Tudo faz sentido.”
“Veja como ele estava caindo – ele simplesmente foi abatido. O avião simplesmente caiu do céu”, afirmou a fonte.
Entretanto, nenhuma fonte oficial, da Rússia ou de outro país, confirmou a informação de que teria se tratado de um ataque.
A Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia (Rosaviatsiya), que iniciou uma investigação sobre a queda do avião, informou que o nome de Prigozhin estava na lista de passageiros de um jato executivo da Embraer que caiu na região russa de Tver. Os três pilotos e os sete passageiros a bordo morreram, segundo a agência. Oito corpos já teriam sido resgatados.
Informações que circulam nas redes sociais apontam que Prigozhin poderia estar em outra aeronave do Grupo Wagner e não teria morrido em Tver.
Segundo o site russo Fontanka, outro jato da Embraer que se acredita pertencer ao líder do Wagner pousou em segurança no Aeroporto Empresarial Ostafyevo, em Moscou, nesta quarta-feira.