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Guerra no Oriente Médio

Grupo Wagner ofereceu armas e mercenários para o Hezbollah, afirma Casa Branca

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, fez pronunciamento nesta terça-feira (21) (Foto: EFE/EPA/Chris Kleponis/CNP)

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O governo americano acusou nesta terça-feira (21) o Grupo Wagner de oferecer armas de defesa aérea e mercenários para o Hezbollah, milícia libanesa apoiada pelo Irã que realiza ataques contra Israel na guerra do Oriente Médio.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou que o grupo paramilitar, sob comando do governo russo, deve fornecer em breve homens e equipamentos bélicos para os milicianos do Líbano.

Em troca do apoio, segundo Kirby, o regime iraniano "avalia enviar mísseis balísticos à Rússia para uso na guerra contra a Ucrânia".

“Estamos certamente preparados para utilizar as nossas autoridades de sanções antiterroristas contra indivíduos ou entidades russas que possam fazer essas transferências desestabilizadoras”, alertou o funcionário da Casa Branca.

Autoridades americanas, que não se identificaram, afirmaram no início do mês ao jornal The Washington Post que o Wagner se preparava para enviar ao Hezbollah um lançador móvel de foguetes antiaéreos, conhecido como Pantsir-S1, e munições próprias para o equipamento. “Sabemos que a Rússia se recusou a condenar o Hamas pelo seu horrível ataque terrorista a Israel, e recentemente acolheu responsáveis do Hamas em Moscou. Isso acontece num momento em que a Rússia continua a cometer atrocidades na Ucrânia", disse, na ocasião, a porta-voz da Casa Branca, Adrienne Watson.

Desde o início do conflito, no dia 7 de outubro entre Israel e o grupo terrorista Hamas, o Hezbollah, integrante do Eixo da Resistência, efetua disparos contra a infraestrutura israelense, que responde aos ataques na fronteira sul entre os países.

No início do mês, o presidente russo, Vladimir Putin, e seu vice-ministro da Defesa, Yunus-Bek Yevkurov, se reuniram com um ex-comandante do grupo paramilitar, no Kremlin, a fim de anunciar o retorno das relações entre as partes, que se desentenderam após a rebelião fracassada em junho do agora falecido líder do Wagner, Prigozhin.

Após as negociações de paz, o grupo comunicou que retomou o recrutamento de mercenários para atuarem no Exército russo, em uma nova categoria do Ministério da Defesa conhecida como "unidades voluntárias".

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