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Yoani Sánchez participa de debate com a Juventude Socialista no Museu Parque do Saber, em Feira de Santana, na Bahia. Ativista está no Brasil e seguirá em turnê para outros países | Ueslei Marcelino/Reuters
Yoani Sánchez participa de debate com a Juventude Socialista no Museu Parque do Saber, em Feira de Santana, na Bahia. Ativista está no Brasil e seguirá em turnê para outros países| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

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No Twitter, a dissidente cubana Yoani Sánchez foi um dos assuntos mais comentados do dia. Entre as principais fotos, uma imagem da blogueira no centro de uma nota de cem dólares com a inscrição: "Todo por dinero" ("tudo por dinheiro", em espanhol).

Outro momento da campanha orquestrada nas redes sociais contra a Yoani foi uma lista — amplamente compartilhada no Facebook — de 40 perguntas, divulgada inicialmente no site Pragmatismo Político, com uma mistura de indagações objetivas e questionamentos estapafúrdios.

Há perguntas sobre a atitude de Yoani a respeito das sanções econômicas impostas pelos EUA contra Cuba ou sobre o caso dos cinco presos políticos cubanos nos EUA. Mas proliferam questões como: "Quantas entradas de cinema, de teatro, quantos livros, meses de aluguel ou pizzas pode pagar em Cuba com sua renda mensal?", dúvidas sobre quem financiou sua visita ao Brasil e até mesmo acusações de bigamia.

De acordo com o questionário, Yoani teria se casado com um alemão antes de se mudar para a Suíça, país onde morou de 2002 a 2004, mesmo já estando casada com Reinaldo Escobar. Militantes da União da Juventude Socialista (UJS) escolheram a hashtag #YoaniMercenaria para protestar contra a ativista.

Orlando Silva, ex-ministro do Esporte e vereador de São Paulo do PC do B, retuitou notícia sobre os protestos organizados pelo grupo, com a frase: "Essa é a sempre combativa UJS!".

A chegada de Yoani ao Brasil expôs a articulação de uma série de grupos e organizações políticas menos conhecidas interessados em defender o regime castrista.

No manifesto da UJS, em sua página na internet, por exemplo, entre versos de Cazuza, Legião Urbana, Titãs e Martinho da Vila, o grupo defende a implementação do socialismo no Brasil, com características locais.

CompensaçãoAto na Câmara fará homenagem à ativista para "reparar" violência

Agência O Globo

A blogueira cubana Yoani Sánchez aceitou convite feito por tucanos e deve participar hoje de ato em homenagem a ela na Câmara dos Deputados. A ideia, segundo o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), é fazer um evento aberto, com perguntas e respostas, além da exibição do filme Conexão Cuba–Honduras, do cineasta Dado Galvão.

Ontem, os protestos contra a blogueira na Bahia despertaram críticas e simpatias em diferentes grupos parlamentares. "Estamos convidando uma personagem pública, que em visita ao nosso país sofreu uma violência. Cabe ao Congresso reparar essa violência que ela sofreu ao ser cerceada. O país deve essa reparação a ela", argumentou Otávio Leite.

O assunto veio à tona na reunião de líderes na Câmara, quando o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) sugeriu que a Casa aprovasse um requerimento pedindo ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, proteção policial à cubana durante sua passagem pelo país.

O requerimento também cobrava apuração sobre as denúncias de que um integrante do governo participou de reunião, na Embaixada de Cuba no Brasil, "para discutir plano de espionagem e perseguição política" a ela.

O texto do requerimento provocou debate acirrado. Numa saia-justa, o presidente Henrique Alves (PMDB-RN) tentou contornar a situação, propondo um documento mais ponderado. "No Brasil, é legal ser vaiado e vaiar. Quem tem que pedir proteção policial é ela", disse o líder do PSB, Beto Albuquerque.

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