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Os iemenitas se preparam para protestos rivais depois das preces semanais muçulmanas na sexta-feira, após manifestantes rejeitarem qualquer solução que não inclua a saída do presidente Ali Abdullah Saleh. Grupos contrários a Saleh pedem uma "Sexta-feira de Determinação", enquanto os partidários do presidente batizaram seus atos como "Sexta-feira do Diálogo".

Os vizinhos árabes do Iêmen pedem que Saleh, no poder desde 1978 garanta uma transição pacífica do poder para o vice-presidente Abdrabuh Mansur Hadi. Essas nações sugerem que seja formado um governo de unidade liderado pela oposição. Os manifestantes, porém, rejeitam a proposta, exigindo que todo o regime de Saleh seja desmantelado e ele processado.

Saleh, por sua vez, aceitou em princípio a iniciativa de mediação do Conselho de Cooperação do Golfo, mas sem dizer claramente se pretende renunciar. O presidente insiste em controlar qualquer transição, temendo uma deposição seguida de processos, como ocorreu com seu aliado, o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak. O presidente do Egito acabou deposto em 11 de fevereiro, após 18 dias de grandes protestos.

Grupos da oposição no Parlamento permanecem cautelosos, aparentemente temerosos diante da reação dos manifestantes nas ruas. Já ocorreram mais de 125 mortes em confrontos entre as forças de segurança e manifestantes durante os protestos.

Grandes manifestações rivais ocorrem todas as sextas-feiras há meses no empobrecido Iêmen, um aliado dos EUA na luta contra a Al-Qaeda, que tem forte presença no sul e no leste do país. Em 18 de março, 52 pessoas foram mortas a tiros, no que grupos pelos direitos humanos qualificaram como "um aparente ataque coordenado de atiradores de elite em uma área de protestos em Sanaa". As informações são da Dow Jones.

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