O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, foi agredido nesta terça-feira (11) por uma multidão de chavistas que o esperava no aeroporto internacional Simon Bolívar, que serve Caracas, ao retornar de uma viagem internacional de 23 dias.
Assim que Guaidó saiu do terminal aéreo, quase 200 pessoas o socaram e o atingiram com diversos objetos. Também foram alvos de agressão a mulher do político, Fabiana Rosales, e vários deputados da oposição que foram recebê-lo.
"Guaidó, fascista pró-imperialista" e "fora, direita, a pátria se respeita", gritavam os simpatizantes de Nicolás Maduro.
Vários jornalistas também foram agredidos e assaltados pelos chavistas em frente de dezenas de agentes da Polícia Nacional Bolivariana e da Guarda Nacional Bolivariana, que não impediram o tumulto.
A presidência interina da Venezuela também informou o desaparecimento do tio de Guaidó, Juan José Márquez, que o acompanhou na viagem pela Europa e Estados Unidos. "Responsabilizamos Nicolás Maduro e Franco Quintero, diretor de segurança do Aeroporto Internacional de Maiquetía, por sua integridade física", disse a comunicação da presidência de Guiadó pelo Twitter.
Viagem ao exterior e promessas de mais pressão ao regime
Guaidó, de 36 anos, chegou à Venezuela por volta das 17 horas (18 horas em Brasília) e foi recebido por dezenas de deputados. "Venezuela: já estamos em Caracas. Trago o compromisso do mundo livre, pronto para nos ajudar a recuperar a democracia e a liberdade. Está começando um novo momento que não admite nenhum contratempo e precisa que todos nós façamos o que temos de fazer. Chegou a hora", escreveu Guaidó no Twitter antes de deixar o aeroporto. Ele também postou sua foto em frente a um funcionário de imigração com a frase: "Em casa". Ele estava proibido de deixar o país, mas saiu clandestinamente no dia 19.
Guaidó, que foi recebido na Casa Branca pelo presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira a partidários que serão impostas novas sanções "contra a ditadura" e pediu a seus seguidores que intensifiquem os protestos como complemento dessa estratégia.
"Os mecanismos de pressão só vão aumentar, por polêmicos que sejam vão continuar aumentando", acrescentou. Na sexta-feira, os EUA ampliaram suas sanções contra a Conviasa e ontem funcionários da companhia aérea estatal também receberam Guaidó com protestos.
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