O embaixador especial dos Estados Unidos para o fechamento da prisão da base militar de Guantánamo, em Cuba, Daniel Fried, disse ontem estar "confiante" de que o centro de detenção será fechado antes do final do mandato do presidente Barack Obama, em janeiro de 2013.
Durante uma entrevista coletiva em Bruxelas, Fried agradeceu o apoio da União Europeia ao plano para fechar o presídio. "Estamos na metade do caminho. Confiamos que o fechamento chegará mais cedo ou mais tarde, antes do fim do primeiro mandato de Obama", disse Fried, sem disfarçar a convicção numa ainda incerta reeleição de Obama.
Em 22 de janeiro de 2009, dois dias depois de tomar posse, Obama se comprometeu a fechar Guantánamo no prazo máximo de um ano.
O fracasso se deveu principalmente em razão de dificuldades para transferir prisioneiros para detenções fora dos Estados Unidos. Durante os últimos oito anos, quase 600 detidos foram recebidos por outros países, mas ainda restam 192 em situação indefinida.
Estes detentos se dividem em três categorias: os que estão preparados para serem transferidos para outro país; os que serão julgados nos EUA (a maioria por um tribunal militar); e os que não se enquadram nas circunstâncias anteriores.
Este último grupo, formado por menos de 50 homens, não pode ser julgado por ausência de provas consistentes contra os prisioneiros.