O presidente dos EUA, Barack Obama, pode não conseguir cumprir sua promessa de fechar até janeiro a prisão de Guantánamo, devido às dificuldades legais e logísticas que implicam na transferência de mais de 220 prisioneiros, disseram fontes da agência Associated Press.
Vários membros do governo reconheceram na sexta-feira pela primeira vez que as dificuldades em revisar a situação de cada detento e resolver outras questões espinhosas indicam que o prazo prometido pelo presidente pode não ser cumprido.
Auxiliares de Obama aceleraram os trabalhos para fechar a prisão e o presidente continua comprometido com seu objetivo da mesma forma como quando fez a promessa, um de seus primeiros atos no poder, disseram os membros do governo à AP, em condição de anonimato por ser uma questão delicada. Eles afirmaram que a Casa Branca segue confiante em cumprir o prazo.
A prisão militar dos EUA em Cuba foi criada pelo ex-presidente George W. Bush depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, para confinar suspeitos de pertencer à Al-Qaeda, ao Taleban, além de combatentes capturados no Afeganistão e em outros lugares. Atualmente, há aproximadamente 225 presos em Guantánamo.
Obama prometeu fechar a prisão pouco tempo após assumir a presidência e repetiu a promessa diversas vezes desde então, por considerar isso crucial para restaurar a imagem dos EUA no mundo e criar uma abordagem antiterrorista mais efetiva.
Mas oito meses depois da promessa inicial, e com menos de quatro meses até o término do prazo, uma série de dificuldades continua sem solução, como o estabelecimento de novas regras para julgamentos militares, encontrar outra prisão para transferir os detentos e encontrar países dispostos a aceitar os que puderem ser libertados.
STF poderá forçar governo a tomar medidas mais efetivas contra danos das bets
Com argumentos de planos de saúde, associações de autistas fazem lobby negacionista com governo Lula
Novo “AeroLula”? Caso do avião presidencial no México reacende debate
“Precipitada” e “inconsistente”: como economistas reagiram à melhora da nota do Brasil