A Guarda Nacional da Rússia, fundada há sete anos pelo presidente do país, Vladimir Putin, quer se equipar com tanques e armas pesadas, anunciou na terça-feira (27) o comandante-chefe da força, general Viktor Zolotov.
"Não temos tanques e outras armas pesadas de longo alcance. Vamos introduzi-las nas tropas", disse Zolotov para a imprensa.
De acordo com o general, essa questão já foi discutida com o presidente Putin, apesar de ele não ter dado mais detalhes, como a data de entrega do equipamento necessário à corporação.
O chefe da Guarda Nacional acrescentou que, durante o motim do Grupo Wagner, ele esteve em contato constante com Putin e garantiu que os mercenários não conseguiriam tomar Moscou.
"Eles poderiam ter se aproximado de Moscou, mas não a teriam tomado", disse.
Putin criou a Guarda Nacional em 2016, dando à nova força de segurança entre 350 mil e 400 mil membros.
A Guarda Nacional se reporta diretamente ao presidente, que pode ordenar sua intervenção armada em casos de emergência, desordem pública e situações que coloquem em risco a segurança nacional.
Os membros da corporação, criada com base nas tropas do Ministério do Interior, podem disparar e usar a força sem aviso "quando houver situações de perigo para a vida de um cidadão, um membro da Guarda Nacional ou o risco de um crime grave ser cometido”.
A Guarda Nacional, que também está envolvida na guerra da Ucrânia, já conta com artilharia leve e helicópteros de combate.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião