O Exército da Guatemala mobilizou 2 mil militares nesta segunda-feira (25) para proteger sua fronteira com o México devido à violência causada pelo narcotráfico na região.
A medida foi tomada para "garantir a segurança e a governabilidade na Guatemala", disse à Agência EFE o porta-voz do Exército guatemalteco, coronel Rubén Téllez.
De acordo com ele, as Forças Armadas do país centro-americano estão realizando operações, principalmente na província de San Marcos, localizada na fronteira noroeste com o México.
As medidas foram adotadas em resposta à disputa territorial entre duas organizações criminosas envolvidas com o narcotráfico no estado mexicano de Chiapas, fronteiriço com a Guatemala: o Cartel de Sinaloa e o Cartel Jalisco Nova Geração.
Segundo o Ministério da Defesa, soldados foram posicionados em 14 pontos de fronteira, onde são feitas patrulhas terrestres e aéreas nas áreas florestais dos departamentos de San Marcos e Huehuetenango.
O conflito entre os cartéis de drogas fez com que várias empresas no município de Tacaná, em San Marcos, fechassem como medida preventiva.
De acordo com Téllez, a violência que eclodiu na cidade mexicana de Motozintla também fez com que alguns residentes cruzassem a fronteira com a Guatemala em busca de refúgio.
Diante da situação, o Exército guatemalteco coordena operações com agentes da Polícia Nacional Civil (PNC), que foram enviados para a região.
Na semana passada, o ex-candidato à prefeitura da cidade de San Pedro, Aníbal Ramírez, foi assassinado a tiros em uma localidade próxima à fronteira com o México.
O político era membro do partido Movimento Semilla, o mesmo do presidente eleito na Guatemala, Bernardo Arévalo. O grupo partidário afirmou que "aguarda um esclarecimento das autoridades competentes sobre as circunstâncias do crime". (Com informações da Agência EFE)
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