O guepardo, o animal terrestre mais rápido do mundo, corre um sério risco de extinção, segundo estudo publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Menos de 7,1 mil guepardos subsistem atualmente em liberdade no mundo – 99% na África – e não ocupam mais que 9% da superfície total sobre a qual se estendiam em outras épocas.
Segundo estimativas precedentes, não citadas pelo estudo da Sociedade Zoológica de Londres (ZSL), a organização de defesa do meio ambiente Wildlife Conservation Society (WCS) afirmou que a população mundial de guepardos chegava a 100 mil espécimes no início do século XX.
A ZSL indica, em um comunicado, que é preciso tomar medidas urgentes para evitar a extinção do guepardo.
O guepardo asiático está à beira da extinção: restam apenas 43 exemplares contabilizados no Irã. No Zimbábue, sua população passou de 1,2 mil a 170 exemplares em 16 anos, uma queda de 85%.
“Nossas conclusões são que a espécie é muito mais vulnerável e propensa à extinção do que pensávamos antes”, explica a Sarah Durant, que dirige o estudo, acrescentando que o censo dos guepardos é difícil pela “natureza discreta da espécie”.
Por isso, os autores do estudo pedem à União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) que cataloguem os guepardos, pois até agora figuravam apenas como “espécie vulnerável”, na categoria de “espécies em perigo”.