Chegou ao fim a famigerada "guerra global ao terror", declarada pelo então presidente americano George W. Bush em 11 de setembro de 2001, algumas horas depois de aviões pilotados por terroristas islâmicos destruírem as torres gêmeas em Nova York e parte do Pentágono. Não que os EUA tenham vencido os terroristas longe disso. Mas, sob o comando do presidente Barack Obama, o combate mundial ao terrorismo assumiu contornos diferentes, a começar pela linguagem.
O governo Obama abandonou o termo "guerra ao terror", que havia assumido o significado de poder ilimitado e suspensão de leis para combater inimigos difusos - seja no Afeganistão, Iraque, Irã ou Coreia do Norte. A expressão passou a evocar manchas na reputação americana, como Guantánamo e Abu Ghraib.
Indagado numa entrevista à CNN por que não tem usado a expressão "guerra ao terror", Obama afirmou acreditar que os EUA podem conquistar os muçulmanos moderados se escolherem as palavras de forma cuidadosa. "Palavras são importantes nessa situação, porque só podemos vencer essa luta por meio da batalha por corações e mentes", disse Obama. Ele vem usando os termos "luta duradoura contra o terrorismo e extremismo" e "perseguição de extremistas".
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