O presidente mexicano, Felipe Calderón, deve pressionar nesta quinta-feira seu colega norte-americano, Barack Obama, a reprimir o consumo de drogas e a venda ilegal de armas nos EUA, fatores que influem na violência causada pelo narcotráfico no México.
Calderón acusou na semana passada os EUA de atrapalharem os esforços contra os cartéis da droga. Dias antes, um agente alfandegário dos EUA havia sido morto e outro ficou ferido num ataque realizado por pistoleiros numa cidade mexicana.
Em vez de tentar tranquilizar os EUA, Calderón saiu do roteiro previsto e chamou de "ignorante" o embaixador dos EUA no México. Criticou também agências do governo norte-americano, como CIA e DEA, por sua suposta incapacidade de colaborar na guerra contra o narcotráfico.
"A realidade é que eles não se coordenam. São rivais". disse Calderón a um jornal mexicano.
O incidente elevou a temperatura na visita de Calderón a Washington, a sua primeira desde maio. Mas ele e Obama devem reiterar seu compromisso de combater as quadrilhas de traficantes.
O governo Obama tem admitido sua responsabilidade parcial pelo caos na região da fronteira, e uma fonte oficial dos EUA disse que os esforços contra o tráfico de armas e o consumo de drogas já foram ampliados.
Mais de 36 mil pessoas morreram no México desde que Calderón tomou posse, em dezembro de 2006, e mobilizou as Forças Armadas para combater os traficantes.
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