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Beirute – Após 33 dias de confrontos, o que se vê no Líbano é um país arrasado por bombardeios, que lembra o período da guerra civil libanesa (1975–1990). Os prejuízos já somam US$ 3,6 bilhões, segundo Al Fadl Shalaq, chefe do Conselho para o Desenvolvimento e Reconstrução do Líbano. O Banco de Israel calcula danos – em prejuízos no setor de turismo e produção industrial israelenses – de US$ 1,5 bilhão.

Shalaq compara a destruição atual de seu país aos 15 anos da guerra civil libanesa. "Eu testemunhei muitas guerras no Líbano, mas nenhuma teve a violência dessa. Quando dizem que 900 mil pessoas tiveram de deixar suas casas e se deslocar, isso significa um quarto da população do país." A população do Líbano é de cerca de 3,9 milhões de pessoas.

Mais de cem pontes foram destruídas ou bastante danificadas pelos ataques aéreos de Israel, que também afetaram estradas, fábricas, portos, aeroportos, fornecimento de água, luz e telefone, escolas e instalações militares. Alguns vilarejos no sul do país foram reduzidos a escombros.

O Hezbollah, em ação sem precedentes em sua história, também atacou várias cidades israelenses. Apesar da forte ação de Israel por terra, ar e mar, o grupo lançou mais de 3,3 mil foguetes contra o norte do país, atingindo prédios residenciais e gerando a fuga de 300 mil civis israelenses para abrigos antiaéreos ou para outras cidades.

Segundo Shalaq, 30 mil casas foram atingidas, um quarto delas localizadas nos populosos subúrbios da capital Beirute, onde o Hezbollah possui várias bases.

Prioridade

Se a reconstrução do Líbano começasse agora, seria necessário ao menos um ano para se reparar a infra-estrutura e três anos para se reconstruir ou restaurar os edifícios destruídos, estima o governo libanês. Por enquanto, os libaneses estão preocupados em dar uma sepultura a seus mais de mil mortos.

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