Washington - Relatório do Conselho Nacional de Pesquisa diz que as políticas do governo norte-americano sobre guerra cibernética precisam ser supervisionadas e serem alvo de debate público. O documento adverte que a "natureza rudimentar e incerta" das políticas do governo sobre guerra cibernética pode levar a seu uso apressado e incorreto durante uma crise. Esse perigo pode ser aliado a seu caráter secreto e à falta de supervisão, disseram os autores do relatório.
"Políticas débeis formuladas e implementadas durante uma crise podem ser difíceis de serem alteradas ou revertidas quando a crise passa", concluiu o conselho, cujo relatório é o primeiro a fazer um balanço sobre as capacidades de guerra cibernética e suas políticas.
O governo dos Estados Unidos falou apenas de uma forma geral sobre guerra cibernética no passado, lembrando seu valor como ferramenta de segurança. Mas funcionários geralmente se recusam a falar sobre ataques a computadores que os Estados Unidos lançaram.
O relatório de 322 páginas, preparado por um painel independente de acadêmicos e especialistas em segurança cibernética, é lançado no momento em que a administração Obama está para rever a segurança cibernética do país.
A revisão, porém, deve se concentrar em grande parte em medidas defensivas e administrativas, incluindo quem irá liderar os esforços cibernéticos e como o governo pode gerenciar melhor o uso da tecnologia para proteger o país, desde sua rede elétrica até o mercado de ações.
O Conselho de Pesquisa, que é um braço da Academia Nacional de Ciências, enfatiza o pedido para um maior debate público sobre os planos do governo sobre guerra cibernética, que até agora são clandestinos.
O documento do conselho diz que o segredo que cerca a exploração da guerra cibernética tem "impedido a compreensão e o debate sobre a natureza e as implicações de um ataque cibernético".