A Síria perdeu 83% das luzes que iluminavam ruas e casas desde o começo do conflito no país, em março de 2011, segundo um relatório publicado ontem por uma coalizão de 130 ONGs. A análise foi feita a partir de imagens registradas pela Universidade de Wuhan, na China, do território do país entre março de 2011, quando começou o conflito entre rebeldes e forças leais ao presidente Bashar Al-assad, e fevereiro de 2015.
Crianças em risco
Cerca de 14 milhões de crianças do Oriente Médio foram afetadas pelos conflitos na Síria e no Iraque, denunciou ontem a Unicef. A organização da ONU assegurou que a situação de 5,6 milhões de crianças da Síria é “desesperadora”. Cerca de 2 milhões estão sitiadas em áreas sem ajuda humanitária.
A situação mais grave é em Aleppo, segunda maior cidade do país, onde a mancha luminosa foi reduzida em 97%. Aleppo tem o controle dividido entre milícias moderadas e o Estado Islâmico (EI). Em outras áreas dominadas pelo EI, a redução foi parecida: Raqqa apresentou redução de 96%, seguida por Idlib (96%) e Deir ez-Zor (90%).
Na maioria das cidades, a destruição superou os 50%. As exceções são a capital Damasco, controlada pelo regime de Assad, onde a mancha se reduziu em 35%, e em Quneitra (47%.).
“Tomadas a uma distância de 804 quilômetros, estas imagens ajudam-nos a entender o sofrimento e o medo experimentado pelos sírios a cada dia enquanto destroem tudo o que lhes rodeia”, disse o coordenador da pesquisa na Universidade de Wuhan, Xi Li. A divulgação das imagens faz parte da campanha #withsyria, apelando às lideranças mundiais que tentem buscar uma solução política para o conflito.
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