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Iraque

Guerra matou quase 655 mil iraquianos, diz estudo americano

Um estudo liderado por um médico da prestigiada Escola Bloomberg de Saúde Pública da universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, afirma que quase 655 mil iraquianos morreram desde a invasão americana, ocorrida em março de 2003. O controverso estudo será publicado pela publicação científica "The Lancet" na quinta-feira.

A conclusão é baseada em entrevistas em domicílios e não em contagem de corpos.

"Agora, as mortes estão acontecendo no Iraque num índice que é três vezes maior do que era antes da invasão de março de 2003", disse o dr. Gilbert Burnham, que dirigiu a pesquisa, numa declaração.

O número é muito maior do que o rastreado pela organização Iraq Body Count, que vasculha relatos publicados de mortes de civis. A estimativa é de pouco mais de 48 mil. Mas o grupo observa que o número pode ser maior, já que a mídia talvez não consiga dar conta de registrar todas as mortes.

- Os números devem ser altos demais - disse à agência Associated Press Anthony Cordesman, do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington.

Ele acha que o número é político, e não analítico, por causa das eleições de novembro nos Estados Unidos.

O trabalho da Johns Hopkins atualiza um outro, da mesma instituição, publicado em 2004 - à beira da eleição presidencial. À época, os autores admitiram que a data da divulgação foi deliberadamente coincidente com as eleições.

Nesta quarta-feira, em entrevista coletiva, o presidente George W. Bush disse que a pesquisa não tem credibilidade.Leia mais: O Globo Online

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