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Conflito árabe

Guerra na Síria deixa 1 milhão de famintos, calcula ONU

Menino em campo de refugiados sírios na cidade de Mafraq, na fronteira da Jordânia | Ali Jarekji/Reuters
Menino em campo de refugiados sírios na cidade de Mafraq, na fronteira da Jordânia (Foto: Ali Jarekji/Reuters)

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que ao menos 1 milhão de pessoas esteja passando fome devido à guerra civil síria. A informação é do Programa Mundial de Alimentos (WFP, na sigla em inglês), responsável por distribuir comida a 1,5 milhão de sírios.

A principal causa do problema, segundo a instituição, é a restrição do regime do ditador Bashar Assad às iniciativas filantrópicas. Apenas algumas agências estão autorizadas a distribuir produtos de primeira necessidade.

Por meio de porta-voz, a WFP disse que nas áreas mais atingidas pelo conflito o preço dos alimentos chegou a dobrar. A deterioração da guerra civil também fez com que equipes do programa em cidades como Homs e Aleppo fossem realocadas

A falta de pão e de combustível é iminente, segundo a WFP. Não há mais farinha na maior parte do país após moinhos localizados nos arredores de Aleppo, uma das cidades mais disputadas entre rebeldes e governo, terem sido danificados. Longas filas em frente às padarias tornaram-se cenas comuns.

Capacidade

A porta-voz do programa da ONU de distribuição de alimentos, Elisabeth Byrs, disse que a agência tem capacidade para ajudar 1,5 milhão de sírios neste mês, 60% dos 2,5 milhões que precisam de auxílio alimentar.

O conflito na Síria entre insurgentes e forças de Assad já dura 23 meses e, segundo a ONU, vitimou 60 mil pessoas. De acordo com cálculos da organização, ao menos 4 milhões de sírios estão precisando urgentemente de algum tipo de ajuda humanitária, um número três vezes maior do que uma estimativa feita em março de 2012.O número de refugiados em razão do conflito chega a 600 mil. Os deslocados ultrapassam 2 milhões.

CombatesMinistro confirma morte de filho que lutava com rebeldes

Um ministro do gabinete sírio confirmou, ontem, a morte de seu filho rebelde. Mohammad Turki al-Sayyed, ministro de Estado de Assuntos da Assembleia do Povo, disse que desaprova e condena tudo o que seu filho, Bassim, fez.

Segundo informações da rede de tevê CNN, o ministro disse que, como já havia dito antes, renegava seu filho totalmente, mesmo após sua morte.

Segundo a CNN, um ativista escreveu na rede social Facebook que Bassim al-Sayyed se juntou aos rebeldes no início do conflito, em 2011 e, mais tarde, entrou para o Exército Livre da Síria. Bassim morreu em combate.

Durante o funeral de Bassim, dia 30 de dezembro, colegas gritavam que "Deus é mais poderoso do que qualquer tirano".

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