Bogotá O maior grupo guerrilheiro da Colômbia planeja executar ataques em Bogotá durante a visita do presidente George W. Bush, informaram autoridades do país. Segundo o diretor da Polícia Nacional, general Jorge Daniel Castro, os serviços de inteligência interceptaram comunicações entre líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) sobre ações para sabotar a visita. A polícia acredita que os ataques poderiam incluir o uso de explosivos.
Várias ruas foram fechadas ontem na capital, que enfrentou seu segundo dia de protestos contra a visita do presidente norte-americano. Bush chega a Bogotá domingo para se reunir com o presidente Alvaro Uribe.
Desde 2000, o país já recebeu mais de US$ 4 bilhões dos Estados Unidos, a maior parte para o combate à guerrilha e ao narcotráfico. Além disso, o presidente colombiano apóia a política dos EUA de livre comércio para a região.
"Ouvimos algumas comunicações, ordens desses criminosos para que sejam realizados atos de desordem pública, e todos sabemos que seriam atos de terrorismo", disse o general.
As autoridades determinaram uma série de restrições durante a visita, limitando a circulação por algumas das principais ruas de Bogotá, organizando blitz e registros de veículos e a revista de passageiros em ônibus.
Esta é a segunda vez que Bush vai ao país e deverá permanecer apenas sete horas. Cerca de sete mil homens da Polícia Nacional vão reforçar a segurança do presidente norte-americano, juntando-se aos mais de 14 mil policiais de Bogotá uma força que o general Castro considera suficiente para deter uma ação das Farc, que há quatro décadas combate o governo.
"É natural que (as Farc) tentem algo", disse Pablo Casas, analista do centro de estudos Segurança e Democracia.
Aumentando a tensão, centenas de estudantes das universidades Nacional, de Bogotá e da Antioquia (em Medellín) protestaram novamente contra a visita de Bush.
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