Freira congolesa colega de padre espanhol morre vítima do ebola

A freira congolesa Chantal Pascaline morreu na madrugada deste sábado em consequência do ebola no Hospital San José de Monróvia, do onde foram repatriados dois religiosos espanhóis na quinta-feira, um deles infectado com o vírus hemorrágico.

Assim informou neste sábado a Ordem Hospitaleira de San Juan de Deus (OHSJD) à qual pertencem os religiosos.

Chantal estava sendo cuidada pelo enfermeiro voluntário camaronês William Ekeurm, da mesma forma que outra religiosa também infectada pelo ebola.

Este voluntário atende, além disso, o irmão ganês Georges Combey, afetado pelo vírus e cujo estado de saúde é "muito preocupante", assim como o administrador do centro Eugene Osei-Wusu.

Em comunicado, a OHSJD indica que está preparando uma equipe de profissionais sanitários para enviar o mais rápido possível à zona dentro da campanha "Paremos o ebola na África do Oeste".

Na quinta-feira, o religioso espanhol Miguel Pajares chegou à Espanha em um avião da Aeronáutica, sendo o primeiro doente vítima do ebola na Europa.

Segundo disseram à Agência Efe fontes sanitárias, Pajares se encontra estável e seu estado de saúde "não piorou".

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A Guiné anunciou o fechamento de suas fronteiras com a Serra leoa e com a Libéria neste sábado, em uma tentativa de conter a propagação do Ebola, vírus que já matou cerca de mil pessoas nos três países neste ano.

Pelo menos 367 pessoas morreram na Guiné de Ebola desde março e outras 18 estão sendo tratadas no país em isolamento, mas a decisão foi tomada principalmente para evitar que pessoas infectadas cruzem as fronteiras, disseram autoridades.

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"Nós fechamos preventivamente a fronteira entre Guiné e Serra Leoa principalmente por causa de todas as notícias que temos recebido de lá recentemente", disse a jornalistas o ministro da Saúde do país, Rémy Lamah, destacando que a Guiné também fechou suas fronteiras com a Libéria.

As medidas foram tomadas após consulta aos países vizinhos, disse o ministro de Cooperação Internacional, Moustapha Koutoub Sano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na sexta-feira que o Ebola representa uma emergência mundial e que pode continuar a se propagar durante meses.

A Nigéria tornou-se a terceira nação africana, depois de Serra Leoa e Libéria, a declarar emergência nacional na sexta-feira, enquanto os sistemas de saúde da região esforçam-se para lidar com o avanço de uma das doenças mais mortais conhecidas pelo homem.