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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, conversou nesta sexta-feira (20) por telefone com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e mostrou sua “sua preocupação com a violência pós-eleitoral e as acusações de violações dos direitos humanos” no país.
A ligação foi fruto de uma iniciativa do ditador venezuelano, esclareceu o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em entrevista coletiva.
No telefonema, Guterres reiterou a Maduro que é necessário “resolver qualquer disputa política pacificamente por meio de um diálogo genuíno e inclusivo”.
Dujarric não explicou qual mensagem Maduro transmitiu, mas disse que ele “falou com muita clareza e franqueza sobre como vê a situação”.
Em declarações anteriores, Guterres exigiu que a Venezuela divulgue os resultados detalhados das eleições de 28 de julho, o que ainda não foi feito, e lamentou a falta de transparência das autoridades do país.
Entretanto, Guterres também disse recentemente que as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos “não ajudam” a resolver a situação no país sul-americano.
Apesar dessas palavras, o ministro das Relações Exteriores do regime chavista, Yván Gil, criticou Guterres na semana passada, dizendo que o secretário-geral da ONU “evita condenar a aplicação de medidas coercitivas unilaterais [e] fica do lado daqueles que sancionam ilegalmente".