
Há 400 anos, um astrônomo italiano, professor Universidade de Pádua, deu um novo uso a um instrumento até então utilizado quase apenas na navegação marítima. Com um telescópio revolucionário, Galileu Galilei (15641642) reuniu dados que depois comprovariam fatos científicos centrais, como o de que a Terra gira em torno do Sol, e não o contrário.
A Astronomia moderna só deslanchou com base em suas descobertas. Não por acaso, 2009 é o Ano Internacional da Astronomia, em sua homenagem. No dia 25 de agosto de 1609, Galileu iniciou observações com um novo tipo de telescópio, que refrata a luz e permite focalizar melhor os objetos.
"Galileu representa um dos maiores impactos que o conhecimento humano já sofreu", afirma o astrônomo Victor DÁvila, do Observatório Nacional. "Foi dele o grande passo da ciência moderna. Ele simplesmente descobriu a chave de como raciocinar de forma científica e objetiva. Os gregos acreditavam que raciocinar era suficiente. Galileu mostrou que era preciso observar, raciocinar, concluir e comprovar. E até hoje essas são as bases do método científico."
Sua revolução, que colocou a Terra e demais planetas a girar em torno do Sol, lhe rendeu um processo do Santo Ofício, quando precisou voltar atrás em suas afirmações.
Com isso, Galileu retirou o homem de sua suposta posição privilegiada no Universo. Como a Terra, na visão do astrônomo, o homem não seria o centro. E isso desagradou a Igreja. Galileu foi condenado pela Inquisição, por heresia, primeiro privadamente, em 1616, e depois, num julgamento público, em 1633, quando se retratou. Desde então, existe o mito de que ele teria dito, sobre a Terra, ao se afastar da mesa onde assinara sua retratação: "Mas que ela gira, gira".
O clérigo polonês Copérnico já havia contestado essa visão geocêntrica do Universo em 1543, mas não havia conseguido provar sua tese de um Universo heliocêntrico.
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