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Trem pagador

Há 50 anos, Inglaterra sofria “roubo do século”

Ronald Biggs, um dos mentores do assalto, em foto de 1992. Depois de viver 31 anos no Brasil, ele voltou à Inglaterra em 2001 | Sérgio Moraes/Reuters
Ronald Biggs, um dos mentores do assalto, em foto de 1992. Depois de viver 31 anos no Brasil, ele voltou à Inglaterra em 2001 (Foto: Sérgio Moraes/Reuters)

O assalto ao trem pagador na Inglaterra, lembrado como "o roubo do século", completou 50 anos na última quinta-feira. Reportagens sobre o episódio notaram que o plano adotado pelos ladrões ainda impressiona pela complexidade. Foi um crime "quase" perfeito.

A precisão milimétrica e a preparação cuidadosa fizeram com que 17 criminosos – 15 ladrões e dois informantes – entrassem para a história na madrugada do dia 8 de agosto de 1963 ao interceptar e roubar o conteúdo de um dos trens mais famosos do Reino Unido, carregado com depósitos bancários da Escócia para Londres.

O alvo era a locomotiva que saiu de Glasgow transportando 126 sacos cheios de dinheiro dos bancos situados entre Londres e a capital escocesa. A máquina viajava durante a noite e poucos sabiam o que ela carregava nos vagões.

Embaixo de uma das pontes que o trem atravessaria naquela noite estava o bando de Ronald Biggs e Bruce Reynolds: 15 ladrões escolhidos por causa de habilidades específicas.

Se tudo ocorresse conforme o planejado, eles não precisariam mais trabalhar pelo resto de suas vidas.

Sem violência

A bordo do trem estavam o maquinista, Jack Mills, e seu ajudante, que desceu para descobrir por que o trem tinha parado. Ele deu de cara com os ladrões disfarçados de soldados, que o amarraram sem dizer uma palavra e subiram no comboio.

Mills resistiu e foi golpeado na cabeça com uma barra de metal. Essa foi a única atitude violenta ocorrida durante a operação, concluída em poucos minutos. Cento e dezoito dos 126 sacos de dinheiro foram distribuídos em duas caminhonetes e um caminhão.

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