A empresa americana de segurança eletrônica FireEye afirmou nesta semana que hackers chineses invadiram computadores de cinco chanceleres europeus antes da reunião do G20, em setembro, na Rússia. Os países não foram mencionados pela empresa.
Em relatório divulgado na última segunda, a empresa diz que os chineses infiltraram a rede de computadores dos ministérios de Relações Exteriores dos cinco países entre o final de agosto e o início de setembro. Os hackers enviaram e-mails que, quando abertos, descarregavam um código malicioso nas máquinas.
A intenção era usar a mensagem, com o título "Opções militares dos Estados Unidos na Síria", para obter mais detalhes sobre a cooperação europeia com os Estados Unidos e os europeus sobre a crise na Síria. Na época, Washington defendia uma intervenção militar para punir o ditador Bashar al-Assad por um ataque químico.
A companhia americana, no entanto, perdeu acesso aos chineses após eles mudarem para outro servidor dias antes da cúpula do G20. O relatório diz que, no momento em que foram desconectados, os hackers se preparavam para roubar o conteúdo dos computadores.
Todas as chancelarias espiadas são de países da União Europeia, de acordo com a FireEye, que não identificou as nações afetadas pelo ataque. O pesquisador da empresa Nart Villeneuve afirma, no entanto, que não há provas da relação dos invasores com o governo chinês.
O porta-voz da Chancelaria chinesa, Hong Lei, afirmou que Pequim se opõe a qualquer ataque cibernético e criticou o relatório. "As companhias americanas estão interessadas em exaltar o que ele chamam de ameaça cibernética da China, mas nunca tiveram nenhuma prova irrefutável".
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