O presidente dos EUA, Joe Biden, e o ditador da China, Xi Jinping: ataque cibernético chinês roubou 60 mil e-mails de funcionários do Departamento de Estado americano| Foto: EFE
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Hackers vinculados ao regime comunista da China, que violaram em maio os serviços digitais de várias agências do governo dos Estados Unidos, conseguiram também roubar 60 mil e-mails de altos funcionários do Departamento de Estado dos EUA, segundo informações reveladas por um funcionário do Senado americano e pela emissora CNN nesta quinta-feira (28).

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De acordo com a informação, os hackers conseguiram acessar diversos dados contidos nos e-mails durante o ataque, incluindo informações sobre itinerários de viagem dos funcionários. Eles também vasculharam as caixas de entrada de e-mails de altos diplomatas dos EUA focados na diplomacia do Pacífico antes da viagem do Secretário de Estado americano, Antony Blinken, à China, em junho deste ano.

O funcionário, que faz parte da equipe do senador Eric Schmitt, do Partido Republicano, e não quis se identificar, disse que participou de uma reunião com membros do TI do Departamento de Estado nesta quinta. Na reunião, ele ficou sabendo que os 60 mil e-mails roubados pertenciam a dez contas de diferentes membros do departamento.

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Em uma coletiva de imprensa concedida ainda nesta quinta, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, confirmou que os hackers chineses acessaram os 60 mil e-mails de membros do Departamento de Estado.

"Este foi um hack dos sistemas da Microsoft que o Departamento de Estado descobriu e informou à Microsoft", disse Miller aos repórteres.

Segundo a CNN, o Departamento de Estado americano não quis falar de onde eram exatamente os hackers invasores, mas a Microsoft culpou um grupo de hackers "baseados na China".

"Não temos motivo para duvidar dessa atribuição", disse Miller na coletiva desta quinta-feira.

Segundo a Microsoft, o ataque hacker ocorrido em maio explorou o software de e-mail da empresa e começou com os hackers invadindo o e-mail de um de seus engenheiros.

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O ataque cibernético destacou os avanços que a China fez em suas capacidades de invasão e fez com que membros do Congresso americano e autoridades do governo Biden passassem a repensar a dependência do governo dos EUA da tecnologia da Microsoft.

A campanha de espionagem cibernética chinesa também invadiu as contas de e-mail não classificadas do embaixador dos EUA na China, Nicholas Burns, da Secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, e de Daniel Kritenbrink, secretário assistente de Estado para a Ásia Oriental, que viajou com Blinken para a China em junho, segundo informações veiculadas pela emissora americana CNN.

O deputado republicano Don Bacon, que tem sido um crítico do regime chinês, também foi um dos alvos dos hackers.

Funcionários do regime chinês responderam às acusações de que estariam por trás das invasões acusando o governo dos EUA de realizar “ataques cibernéticos contra a China”.

À CNN, o senador Schmitt disse que a investigação sobre os hackers chineses "está longe de terminar".

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"Precisamos fortalecer nossas defesas contra esse tipo de ataque cibernético e intrusões no futuro, e precisamos examinar de perto a dependência do governo federal de um único fornecedor como um possível ponto fraco", afirmou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]