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guerra cibernética

Hackers violaram dados de 4 milhões nos EUA

Senhas e dados pessoais de funcionários podem ter sido violados. | Pawel Kopczynski/Reuters
Senhas e dados pessoais de funcionários podem ter sido violados. (Foto: Pawel Kopczynski/Reuters)

Até 4 milhões de funcionários federais americanos tiveram dados violados por um ataque cibernético em massa, que pode ter sido obra de hackers chineses, segundo informaram autoridades dos Estados Unidos.

Os ataques ocorreram em dezembro do ano passado, mas não foram detectados até abril deste ano, segundo comunicado emitido ontem pelo Escritório de Gestão de Pessoal (OPM) do governo americano, que trabalhou em parceria com o FBI, a polícia federal americana, na investigação.

“Por causa do incidente, o OPM enviará avisos a aproximadamente 4 milhões de indivíduos cujas informações pode ter sido comprometidas”, informou em nota a agência, que emite e maneja as autorizações pessoais de acesso para os funcionários dos EUA.

Funcionários do governo americano disseram ao jornal “The Washington Post” que suspeitam que os ataques tenha sido realizados por hackers chineses, informação que não foi confirmada por nenhuma fonte oficial. Ontem, a Casa Branca informou que ainda não chegou a uma conclusão sobre a origem do ciberataque à agência de governo. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que o alcance do ataque aos dados governamentais ainda está sendo investigado e que por enquanto não há indícios sobre os autores.

Segundo Earnest, o Escritório de Administração de Pessoal vai começar na próxima segunda-feira a notificar os funcionários cujos dados podem ter sido acessados. O ataque pode ser o maior roubo de informações estatais já cometido contra os Estados Unidos.

Interceptação

O governo Barack Obama deu à Agência de Segurança Nacional (NSA) autorização para interceptar comunicações de hackers sem que houvesse um debate público sobre esta ampliação de poderes, imformou ontem o jornal “New York Times”.

Segundo documentos fornecidos pelo ex-assessor da NSA Edward Snowden e divulgados pelo jornal, o Departamento de Justiça autorizou, em 2012, que a agência de investigação receptasse, sem mandado judicial, comunicações de hackers por temer que eles poderiam se aproximar de algum governo estrangeiro.

Em comunicado, a Direção Nacional de Informação (ODNI) — que controla todas as agências de informação americanas — justificou a ação alegando que a ameaça cibernética aos Estados Unidos aumenta com frequência e em grande escala, com sofisticação e consequências severas.

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