O último procurado pela execução de "limpeza étnica" no conflito dos Bálcãs na década de 90, o servo-croata Goran Hadzic, foi extraditado hoje para o tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU), em Haia, na Holanda, após ter recebido uma permissão de última hora para visitar parentes, dentre eles sua mãe, que está doente.

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Um comboio de jipes e veículos policiais deixou a unidade de detenção do tribunal de crimes de guerra sérvio nesta manhã (horário local), levando Hadzic primeiramente para a casa da família em Novi Sad, a cerca de uma hora de Belgrado. Em seguida ele foi levado ao aeroporto internacional da capital sérvia.

"Neste momento, o avião já está a caminho do tribunal de Haia", disse a ministra da Justiça Snezana Malovic. Ela assinou a ordem de extradição do ex-líder servo-croata hoje. Hadzic foi detido na quarta-feira, após sete anos foragido. Ele foi descoberto por agentes sérvios que seguiam uma pista desde dezembro, quando auxiliares de Hadzic tentaram vender uma quadro de Modigliani.

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Ele é procurado por crimes durante a guerra da Croácia, incluindo o massacre do Hospital de Vukovar, quando cerca de 200 croatas foram mortos. Sua prisão ocorreu após a detenção do ex-general servo-bósnio Ratko Mladic, ocorrida quase dois meses atrás.

A prisão de Hadzic tem sido considerada o fim simbólico de um terrível capítulo da história dos Bálcãs e um importante passo para que a Sérvia passe a integrar a União Europeia.