Após anos de alarmes falsos e prazos descumpridos, os haitianos enfim devem votar nas primeiras eleições legislativas em mais de três anos neste domingo (9), um teste de estabilidade para o país caribenho empobrecido e com um histórico de golpes militares.

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O Parlamento do Haiti foi dissolvido no dia 12 de janeiro, coincidentemente o aniversário de cinco anos de um terremoto que matou mais de 200 mil pessoas. Desde então, a Câmara dos Deputados de 119 assentos está vazia, e o Senado, que só conta com 10 de seus 30 membros, não conseguiu quórum para votar nada.

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O presidente haitiano, Michel Martelly, que não pode concorrer à reeleição, tem governado por decretos.

Mais de 1.800 candidatos de dezenas de partidos estão concorrendo, e os resultados preliminares devem levar de seis a 10 dias. O segundo turno está marcado para 25 de outubro, mesmo dia do primeiro turno da eleição presidencial.

“Estas eleições serão um grande teste para outubro”, disse Pierre Esperance, diretor-executivo da Rede de Defesa Nacional de Direitos Humanos.

    A votação também é um teste para a Polícia Nacional do Haiti, que assumirá totalmente o controle da segurança durante a temporada eleitoral porque a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah, na sigla em inglês), na qual o Brasil teve papel destacado, reduziu suas forças. Desde 1º de julho há 2.370 soldados e 2.601 policiais da ONU no país. Chegaram a ser 13.330 no auge da operação.