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Autoridades haitianas interrogaram na segunda-feira os dez missionários norte-americanos presos sob suspeita de tentarem retirar ilegalmente 33 crianças do país depois do terremoto de janeiro.

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Um procurador ouviu o grupo na sede da polícia em Porto Príncipe. Os dez missionários batistas - cinco homens e cinco mulheres - foram detidos na noite de sexta-feira em um ônibus com o qual tentavam cruzar a fronteira da República Dominicana, levando consigo crianças que eles disseram ter ficado órfãs por causa do terremoto.

O grupo nega as acusações de tráfico infantil e diz que estava tentando ajudar as crianças, embora haja indícios de que muitas delas não eram órfãs - a mãe de cinco das crianças esteve na delegacia e contou que foi convencida por um pastor local a entregá-las, imaginando que teriam uma vida mais confortável no exterior.

O caso pode ter consequências diplomáticas delicadas, já que atualmente os EUA lideram um enorme esforço humanitário no Haiti, e ONGs norte-americanas despejam bilhões de dólares em donativos ao país.

Também na segunda-feira, militares dos EUA retomaram os voos destinados a levar feridos graves para os EUA, após uma suspensão de cinco dias por causa de uma polêmica dentro dos EUA sobre onde tratar os feridos e quem vai pagar a conta.

O porta-aviões USS Carl Vinson e dois outros navios dos EUA estão deixando a costa do Haiti depois de completar suas tarefas humanitárias. Vários outros navios dos EUA continuam na região.

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Paralelamente, funcionários da ONU disseram que o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, que já é o enviado especial da entidade para o Haiti, será nomeado coordenador internacional para os esforços de auxílio ao país.

Edmont Mulet, diretor interino da Minustah (força de estabilização da ONU no Haiti), disse à Reuters que a recuperação do país pode levar décadas, e que é preciso um maior esforço da comunidade internacional para gerar empregos e desenvolvimento em longo prazo ao país, o mais pobre das Américas.