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O número de mortos pelo furacão Tomas e pela epidemia de cólera no Haiti continua subindo, mas um alto funcionário da ONU disse nesta segunda-feira que "não há razões objetivas" para que o país adie as eleições gerais marcadas para este mês.

O furacão passou na sexta-feira pelo Haiti, causando chuvas e inundações, mas em geral poupando os acampamentos onde vivem centenas de milhares de sobreviventes do devastador terremoto de 12 de janeiro.

Pelo menos 20 pessoas morreram devido às inundações, principalmente no sul do país, segundo autoridades. No boletim anterior, na noite de sábado, eram oito mortos.

Além de se recuperar do terremoto, que matou até 300 mil pessoas, o Haiti sofre também com uma epidemia de cólera que começou no mês passado e já teve 8.100 casos registrados nos hospitais, com 544 mortes até o último sábado, segundo autoridades locais e internacionais.

Sanitaristas temem que as inundações decorrentes do furacão agravem a epidemia, já que o cólera é transmitido pela contaminação da água e de alimentos. A doença provoca uma diarreia que mata em questão de horas se não houver tratamento.

O principal foco da epidemia está no interior, mas já houve casos registrados na maior favela da capital, Cité Soleil. As agências internacionais de ajuda montaram centros especiais de tratamento para a doença na capital e arredores, com capacidade para mil leitos.

As forças de paz da ONU no país e a agências humanitárias estão sobrecarregadas entre a reação à epidemia e o apoio às vítimas do terremoto, o que gera dúvidas sobre a capacidade do país de realizar eleições presidenciais e legislativas no próximo dia 28. O pleito, originalmente previsto para fevereiro, já havia sido adiado por causa do terremoto.

Mas o representante da ONU no país, Edmond Mulet, disse que o adiamento da votação não chegou a ser discutido com as autoridades do país.

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