O Haiti, devastado por um forte terremoto em janeiro, poderá realizar eleições até o final deste ano, disse nesta quarta-feira o enviado da ONU, Bill Clinton, em meio aos trabalhos do país mais pobre das Américas para ter um governo legítimo que supervisione sua construção.
O ex-presidente norte-americano afirmou que o Haiti precisará de ajuda para realizar sua eleição presidencial e a já adiada votação legislativa devido ao poderoso tremor que matou até 300.000 pessoas em 12 de janeiro e dizimou a precária economia e infraestrutura do país.
Organizar as novas eleições será um grande desafio, mas elas são cruciais para formar um novo Parlamento que terá amparo legal para gastar os bilhões de dólares em ajuda. Doadores internacionais se comprometeram com cerca de 10 bilhões de dólares para a reconstrução do Haiti.
"Eles estarão aptos a realizá-las", disse Clinton à Reuters em entrevista para promover um encontro filantrópico para estudantes em Miami, o Clinton Global Initiative University, no fim de semana.
O Banco Mundial, em conjunto com o Banco de Desenvolvimento Interamericano e a Organização das Nações Unidas, supervisionará o fundo de ajuda.
O terremoto destruiu os escritórios do Conselho Eleitoral, membros da missão da ONU que trabalhavam com a comissão morreram e o material eleitoral foi incendiado.