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Moradores da periferia de Porto Príncipe enfrentam fila para receber água e alimentos da Cruz Vermelha | Hector Retamal/AFP
Moradores da periferia de Porto Príncipe enfrentam fila para receber água e alimentos da Cruz Vermelha| Foto: Hector Retamal/AFP

Saúde

País é propício à proliferação da cólera

O Haiti passou um século sem ter casos de cólera, mas especialistas dizem que o país é propício à proliferação da doença pela falta de saneamento básico, grande aglomeração humana, chuvas torrenciais e falta de acesso à água tratada.

Exames genéticos mostram que as bactérias presentes em muitas amostras são quase idênticas entre si, o que sugere a ideia de uma só origem para a epidemia, segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Os técnicos do CDC disseram que a epidemia no Haiti ainda pode se agravar facilmente, apesar dos esforços para controlá-la.

Porto Príncipe - A onda de protestos contra a Mi­­nustah (a missão da ONU no Hai­­ti) chegou on­­tem à capital, Porto Prín­­cipe. Os manifestantes atribuem aos soldados es­­tran­­geiros a epidemia de có­­lera que afeta o país.

Uma patrulha da ONU foi ape­­drejada em meio a protestos na capital realizados por centenas de haitianos entoando gritos de "fora Minustah" e "Minustah trou­­­­xe a cólera ao Haiti".

Os protestos tiveram início no fim de semana no norte do país, o epicentro da epidemia de cólera que já matou mais de 1,1 mil pessoas mortas e infectou outras 18 mil. Pelo menos dois haitianos morreram durante confrontos e seis capacetes azuis foram feridos. A missão brasileira no país tem 2,2 mil militares.

A fúria contra a missão, que está desde 2004 no país, foi motivada por relatos de que a bactéria causadora da doença foi levada ao país pelos capacetes azuis da Minustah que vieram do Nepal. A ONU diz que os relatos não têm fundamento.

O aeroporto de Cap-Haitian está fechado, impedindo a chegada de medicamentos e de pessoal para atendimento médico. Estradas estão interrompidas por barricadas.

A ONU suspeita ainda que Guy Philippe, o chefe da milícia que em 2004 tomou o norte do país e precipitou a queda do en­­tão presidente Jean Bertrand Aristide, esteja envolvido na on­­da de protestos.

As Nações Unidas atribuem os protestos ainda a grupos interessados em tumultuar as eleições do próximo dia 28.

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