![Haitianos atacam patrulha da ONU Moradores da periferia de Porto Príncipe enfrentam fila para receber água e alimentos da Cruz Vermelha | Hector Retamal/AFP](https://media.gazetadopovo.com.br/2010/11/haiti_1911-1.0.62667730-gpLarge.jpg)
Saúde
País é propício à proliferação da cólera
O Haiti passou um século sem ter casos de cólera, mas especialistas dizem que o país é propício à proliferação da doença pela falta de saneamento básico, grande aglomeração humana, chuvas torrenciais e falta de acesso à água tratada.
Exames genéticos mostram que as bactérias presentes em muitas amostras são quase idênticas entre si, o que sugere a ideia de uma só origem para a epidemia, segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Os técnicos do CDC disseram que a epidemia no Haiti ainda pode se agravar facilmente, apesar dos esforços para controlá-la.
Porto Príncipe - A onda de protestos contra a Minustah (a missão da ONU no Haiti) chegou ontem à capital, Porto Príncipe. Os manifestantes atribuem aos soldados estrangeiros a epidemia de cólera que afeta o país.
Uma patrulha da ONU foi apedrejada em meio a protestos na capital realizados por centenas de haitianos entoando gritos de "fora Minustah" e "Minustah trouxe a cólera ao Haiti".
Os protestos tiveram início no fim de semana no norte do país, o epicentro da epidemia de cólera que já matou mais de 1,1 mil pessoas mortas e infectou outras 18 mil. Pelo menos dois haitianos morreram durante confrontos e seis capacetes azuis foram feridos. A missão brasileira no país tem 2,2 mil militares.
A fúria contra a missão, que está desde 2004 no país, foi motivada por relatos de que a bactéria causadora da doença foi levada ao país pelos capacetes azuis da Minustah que vieram do Nepal. A ONU diz que os relatos não têm fundamento.
O aeroporto de Cap-Haitian está fechado, impedindo a chegada de medicamentos e de pessoal para atendimento médico. Estradas estão interrompidas por barricadas.
A ONU suspeita ainda que Guy Philippe, o chefe da milícia que em 2004 tomou o norte do país e precipitou a queda do então presidente Jean Bertrand Aristide, esteja envolvido na onda de protestos.
As Nações Unidas atribuem os protestos ainda a grupos interessados em tumultuar as eleições do próximo dia 28.
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