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Medo e frustração tomaram conta de milhares de emigrantes haitianos que tentaram sem sucesso nesta quarta-feira estabelecer contato com parentes e amigos na miserável nação caribenha, devastada por um terremoto na véspera.
"Meus pais, cinco filhos e meus amigos estão todos no Haiti. E não há nada que eu possa fazer", disse com olhos marejados Antoinette Lamande, de 48 anos, que lustrava o balcão de um restaurante vazio no bairro de East Flatbush, no Brooklyn. Ali vivem alguns dos mais de 100 mil haitianos radicados em Nova York.
Numa barbearia próxima, Georges Hamiton perguntava pelas notícias aos cerca de 12 homens aglomerados em torno de um televisor.
"Isso é absolutamente catastrófico", disse Hamilton. "Tenho uma tia e dois tios perto de Porto Príncipe. E notícia nenhuma."
A TV perto dele mostrava prédios derrubados pelo tremor e pessoas vagando ensanguentadas e confusas pelas ruas de Porto Príncipe. O terremoto, de magnitude 7,0, destruiu milhares de edifícios, inclusive o palácio presidencial, e pode ter matado dezenas de milhares de pessoas.
Em um dos bairros mais pobres de Boston, Maurice Sylvester, de 48 anos, estava atrás de um balcão de uma loja na avenida Blue Hill vendo o noticiário de TV.
"Tenho família ali. Fique ligando a noite toda. Nem consegui dormir", disse Sylvester. "Minha mãe está lá, e sete parentes estão na área onde aconteceu. Não consigo mais contato, e isso me dói."
Cerca de 30 mil haitianos vivem em Illinois, a maioria na região de Chicago, segndo a entidade Congresso Haitiano para Fortificar o Haiti, com sede em Evanston. Aline Lauture, membro da entidade, disse que seus colegas relataram ser quase impossível manter contato com parentes no Haiti.
"Tivemos uma reunião ontem à noite e conclamamos a comunidade a se unir para pensar no que fazer, em como ajudar com os esforços de auxílio", disse ela por telefone."Dez pessoas estão dispostas a ir para lá, e outras irão aderir. Queremos trabalhar com outra organização, porque nós mesmos não estamos equipados."
Hugues Berrette, vigário da igreja Saint Jerome, no Brooklyn, comandou as preces fúnebres das 12h, tentou fornecer algum consolo e planejou organizar o envio de mantimentos e dinheiro.
"Não temos muito dinheiro, mas faremos o que pudermos, temos de dar o exemplo e sacrificar alguma coisa."
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