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Patrulha haitiana passa por rua destruída em Porto Príncipe, enquanto governo tenta reconstruir os prédios públicos e retomar serviços básicos: dinheiro internacional será destinado à moradia, saúde e segurança | Thomas Coex/AFP
Patrulha haitiana passa por rua destruída em Porto Príncipe, enquanto governo tenta reconstruir os prédios públicos e retomar serviços básicos: dinheiro internacional será destinado à moradia, saúde e segurança| Foto: Thomas Coex/AFP

Ajuda

Brasil destina R$ 375 milhões

Folhapress

O governo brasileiro anunciou ontem que irá editar uma medida provisória liberando R$ 340 milhões para os ministérios da Saúde (R$ 135 mi) e da Defesa (R$ 205 mi) utilizarem em ações humanitárias no Haiti.

Na mesma medida provisória, será oficializada a liberação de outros R$ 35 milhões feita na semana passada ao Ministério das Relações Exteriores como doação ao país.

Com isso, a ajuda brasileira totaliza R$ 375 milhões. Esse valor é mais da metade do que o Brasil gastou em seis anos com envio e manutenção das tropas no Haiti.

Um resquício de normalidade voltou ontem ao Haiti com a reabertura de agências de transferência de dinheiro, para alegria daqueles que têm parentes no exterior. Hoje, bancos do interior do país também devem reabrir, e no sábado será possível sacar di­­nheiro na capital Porto Príncipe. Um pouco mais de ordem deve voltar quando começarem as obras de reconstrução, mas isso depende da chegada de doações estrangeiras, como os R$ 375 mi­­lhões prometidos ontem pelo Brasil (leia no box ao lado).

A reabertura de agências da Western Union, empresa especializada em transferência de recursos, fez surgirem longas filas no centro da capital, além de tumultos e desmaios devido ao sol forte.

A filial da Avenida Delmas, uma das maiores vias da cidade e entre as mais afetadas pelo terremoto, tinha filas que precisavam ser controladas por um policial armado e por um segurança privado.

"Meu filho mandou o pouquinho que tem. Mesmo assim é muito bom’’, afirmou Lesly Orsel, de 70 anos, funcionário da companhia de balé nacional, que tem família em Boston (EUA).

Mas mesmo o processo de retirar "um pouquinho’’ era bastante tumultuado. Pes­­soas se acotovelavam e se xingavam atrás de um lugar melhor perto da pequena entrada do escritório. Cada transação poderia levar até meia hora, em razão do sistema lento e que caía a to­­da hora. Nos cerca de 20 minutos que a reportagem passou no lo­­cal, uma mulher teve de ser carregada por policiais, e um senhor idoso precisou ser amparado para não cair no chão.

Passo tímido

A reabertura de ao menos o sistema de transferência de recursos é um tímido passo na volta à normalidade no Haiti, nove dias após o tremor.

Para os próximos dias, está prometida a volta ao funcionamento de parte das agências bancárias – aquelas que ainda estão de pé. Em alguns pontos da cidade, caixas eletrônicos já foram religados, mas ainda mostram a mensagem "fora de serviço’’.

A falta de dinheiro virou um grande problema no Haiti. Sem comprador, os poucos produtos disponíveis encalham em mercadinhos e barracas de ambulantes.

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