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Guerra no Oriente Médio

Hamas: acordo é “possível” se Israel não estabelecer “novas condições”

Hamas: acordo é "possível" se Israel não estabelecer "novas condições"
O porta-voz do braço armado do grupo terrorista Hamas, Abu Obaida, em imagem de arquivo (Foto: EFE/MOHAMMED SABER)

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O grupo terrorista Hamas disse nesta terça-feira (17) que um acordo para chegar a um cessar-fogo na Faixa de Gaza que permitiria a libertação de reféns israelenses no enclave é "possível" se Israel não impor “novas condições”.

"Tendo em vista as conversas sérias e positivas que estão ocorrendo hoje em Doha, sob a mediação dos irmãos catarianos e egípcios, é possível chegar a um acordo para um cessar-fogo e uma troca de prisioneiros se a ocupação deixar de impor novas condições", disseram os palestinos em um comunicado.

A mensagem chega em meio a um impulso nas negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza, com ambos os lados confirmando que um acordo está mais próximo do que nunca. Um cessar-fogo é observado por alguns membros do governo israelense como uma forma de permitir o fortalecimento do Hamas, extremamente afetado pela operação das forças de Israel em Gaza.

À agência EFE, uma fonte anônima disse que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, está a caminho do Cairo em caráter de urgência.

Abbas deveria viajar para a capital egípcia na quarta-feira (18) para participar da cúpula do D8, mas autoridades egípcias solicitaram sua presença ainda esta noite, disse a fonte.

Vários meios de comunicação noticiaram esta tarde que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estava a caminho do Cairo para participar nas negociações do acordo (o Egipto é um dos principais mediadores entre Israel e o Hamas, junto com o Catar e os Estados Unidos), mas um porta-voz do premiê e a imprensa egípcia negaram a informação pouco depois.

Uma delegação israelense chegou à capital do Catar, Doha, na segunda-feira (16) para continuar as negociações indiretas para uma trégua e a troca de reféns, segundo confirmou à EFE uma fonte familiarizada com as negociações.

Um funcionário da embaixada do Catar, falando sob condição de anonimato, afirmou que o objetivo do grupo, formado por representantes militares e de inteligência interior e exterior israelense, era abordar "lacunas nas negociações".

No mesmo dia, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que um acordo estava "mais próximo do que nunca", em comentários relatados pela imprensa israelense durante um painel a portas fechadas no Knesset (o Parlamento israelense).

Em mais de um ano de guerra, Hamas e Israel chegaram a apenas um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns, em novembro do ano passado, que serviu para libertar 105 dos 251 sequestrados em 7 de outubro em troca de 240 prisioneiros palestinos em prisões israelenses.

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