Abu Hamid, membro de uma delegação do Hamas que visitou Moscou nesta quinta-feira (26), afirmou que o grupo terrorista islâmico palestino não pode libertar os reféns que raptou durante o ataque em solo israelense no dia 7 de outubro até que haja um cessar-fogo, segundo publicou nesta sexta-feira (27) o jornal russo Kommersant.
Hamid disse que o grupo manifestou a intenção de libertar “prisioneiros civis” desde os primeiros dias da guerra, mas precisa de tempo para encontrar todos aqueles que terminaram na Faixa de Gaza em 7 de outubro.
“Centenas de cidadãos e dezenas de combatentes de várias facções palestinas entraram nos territórios ocupados em 1948 (…) e capturaram dezenas de pessoas, a maioria delas civis, e precisamos de tempo para encontrá-los na Faixa de Gaza e libertá-los”, declarou.
Hamid enfatizou que é necessário um "ambiente calmo" para completar esta tarefa.
“O bombardeio israelense matou até agora 50 prisioneiros”, acrescentou, sem comprovar as alegações.
O representante do Hamas disse ainda que, durante sua visita a Moscou, a delegação da ala política do movimento islâmico apresentou “aos amigos russos as razões do ataque de 7 de outubro”.
"A Federação Russa é um país amigo do povo palestino e mantém relações com todos os representantes do povo palestino. Estamos sempre prontos para consultá-los sobre vários assuntos", ressaltou.
Na reunião, a Rússia exigiu ao vice-chefe do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuq, que libertasse “imediatamente” os estrangeiros raptados na Faixa de Gaza.
O Exército israelense elevou nesta sexta-feira para 229 o número de reféns ainda detidos pelo Hamas e outras milícias na Faixa de Gaza.
Na quinta-feira, Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al Qassam, o braço armado do Hamas, anunciou a suposta morte de 50 reféns devido aos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza.
Na semana passada, Abu Obeida disse que havia um total de 250 reféns: 200 detidos pelas Brigadas Al Qassam e 50 detidos por outras milícias palestinas.