Corte Internacional de Justiça (CIJ) qualificou como “ilegais” os assentamentos de Israel na Cisjordânia e sua presença em Jerusalém Oriental| Foto: EFE/EPA/LINA SELG
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O grupo terrorista palestino Hamas saudou nesta sexta-feira (19) a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que qualificou como “ilegais” os assentamentos de Israel na Cisjordânia e sua presença em Jerusalém Oriental e disse que a medida coloca a comunidade internacional perante a necessidade de tomar uma ação imediata.

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Esta decisão “expõe o sistema fascista de assentamentos, exige seu fim e aponta as violações generalizadas do direito internacional cometidas pelos governos” israelenses, afirmou o Hamas em um comunicado divulgado hoje.

O grupo terrorista exigiu que sejam tomadas “medidas sérias” sobre o território palestino, tendo em conta a guerra em Gaza (iniciada com atentados do Hamas em Israel nos quais cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e outras 250 foram feitas reféns em outubro do ano passado), o que chamou de “perigosa” expansão dos assentamentos na Cisjordânia e o que descreveu como “frenéticas medidas de judaização de Jerusalém e da mesquita de Al Aqsa”, o terceiro lugar mais sagrado do Islã depois de Meca e Medina.

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O Hamas também criticou a resposta das autoridades israelenses ao parecer da CIJ, que o rejeitaram.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel “não é um colono em seu próprio território”, enquanto dois de seus ministros, Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich – de Segurança Nacional e Finanças, respectivamente –, emitiram declarações nas quais fizeram apelos pela anexação da Cisjordânia.

O Hamas também citou decisões da CIJ para que Israel acabe com a guerra em Gaza, facilite o acesso à ajuda humanitária e acabe com a operação terrestre na cidade de Rafah (no sul da Faixa).

“Apelamos à comunidade internacional para se armar com estas decisões, contornar a vontade americana e trabalhar para forçar a ocupação fascista a implementá-las e cumpri-las imediatamente”, afirma o Hamas.