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Manifestantes palestinos queimam bandeira de Israel e poster de Donald Trump após anúncio sobre reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel | MOHAMMED ABED/AFP
Manifestantes palestinos queimam bandeira de Israel e poster de Donald Trump após anúncio sobre reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel| Foto: MOHAMMED ABED/AFP

O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu disse nesta quinta-feira (7) que diversos países estudam seguir os Estados Unidos e reconhecer Jerusalém como capital de Israel, no mesmo dia que o grupo palestino Hamas convocou uma nova intifada (rebelião) na faixa de Gaza. "Já estamos em contato com outros Estados que farão um reconhecimento semelhante" disse ele em discurso no Ministério das Relações Exteriores. Ele não disse quais seriam esses países. 

Na quarta-feira (6), Donald Trump fez um discurso para anunciar a medida e a transferência da embaixada americana no país de Tel Aviv para Jerusalém em até quatro anos. 

De acordo com Netanyahu, alguns países podem fazer a mudança antes mesmo dos Estados Unidos -atualmente todas as embaixadas ficam em Tel Aviv. Segundo o premiê, Trump "se uniu para sempre" com a história de Jerusalém com a decisão, que não foi bem recebida pela maior parte da comunidade internacional. 

Com medo que o anúncio dificulte o processo de paz e aumente a instabilidade na região, aliados tradicionais dos EUA, como Alemanha, Reino Unido e França mão aprovaram a medida. Líderes de países árabes e de maioria muçulmana, assim como Rússia, China e o Vaticano, também criticaram a decisão americana. 

O temor do crescimento da violência aumentou nesta quinta após o grupo palestino Hamas convocar uma nova intifada (uma rebelião palestina) para começar na sexta-feira (8), quando estão marcados protestos contra a decisão americana. 

"Nós devemos convocar e nós devemos trabalhar em lançar uma intifada em face ao inimigo sionista", disse o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, durante discurso na faixa de Gaza. 

Haniyeh, eleito líder geral do grupo em maio, pediu que palestinos, muçulmanos e árabes se manifestem contra a decisão dos Estados Unidos na sexta-feira, que chamou de "dia da raiva". 

"Deixem 8 de dezembro ser o primeiro dia da intifada contra o ocupante", disse. 

Israel e os Estados Unidos consideram o Hamas, que lutou em três guerras contra Israel desde 2007, uma organização terrorista. O grupo não reconhece o direito de existência de Israel e seus ataques suicidas ajudaram a encabeçar sua mais recente intifada, de 2000 a 2005. 

Por isso, o exército de Israel decidiu reforçar a segurança na Cisjordânia para os protestos de sexta. Em nota, os militares anunciaram que diversos batalhões foram mobilizados para a região e que o restante das tropas estará de prontidão se necessário.

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