O movimento islamita Hamas criticou neste sábado a sentença de um tribunal egípcio que o declara “grupo terrorista” e considera que se trata de “um golpe de Estado à história”, porque “transforma o povo palestino em inimigo” do Egito.
“A decisão de hoje da corte egípcia é impactante e perigosa, e atenta contra o povo palestino e sua resistência armada”, diz um comunicado do movimento islamita distribuído em Gaza.
Para este grupo palestino, que controla a Faixa desde 2007, a decisão do Tribunal de Assuntos Urgentes do Cairo é um “ato de desespero egípcio para exportar sua crise interna”, que “nunca afetará a posição do Hamas entre os árabes e muçulmanos de todo o mundo”.
Um dos advogados que apresentou a denúncia no Cairo contra o grupo palestino, Tareq Mahmoud, disse à Agência Efe que sua denúncia foi apoiada com provas que demonstram que o Hamas “perpetrou atentados em território egípcio” e que ofereceu apoio a grupos terroristas ativos na península egípcia do Sinai com financiamento e armas.
A sentença contra este movimento político palestino segue a outra no mês passado contra seu braço armado, as Brigadas Izadin Al Qasam, que foram também consideradas terroristas por esta mesma corte.
Em sua reação de hoje, o Hamas acredita que com seu veredicto, a corte egípcia “reverteu a equação” e fez “da ocupação israelense um amigo e do povo palestino um inimigo”.