Gaza – O braço armado do movimento islâmico Hamas, que assumiu o controle da Faixa de Gaza, negou ontem as acusações do presidente palestino, Mahmoud Abbas, sobre uma suposta intenção de assassiná-lo. "Desmentimos categoricamente que o presidente Abbas seja alvo de uma tentativa de assassinato de nossa parte como afirmou", declarou em entrevista coletiva em Gaza o porta-voz das Brigadas Ezzedin Al Qassam, Abu Obeida.

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Durante discurso violento em Ramallah, na Cisjordânia, Abbas chegou a chamar os islâmicos do Hamas de "golpistas, assassinos e terroristas", e garantiu que o movimento tinha tentado assassiná-lo. "Recebi informações procedentes de Gaza de que eles queriam me matar", afirmou Abbas. "Apesar disso, fui a Gaza. Ali, assisti a um vídeo do Hamas. Na fita, seis de seus integrantes falavam de 250 quilos de explosivos. Três deles repetiam: ‘Esta bomba é para Abu Mazen’ (como também é conhecido Abbas)", revelou o presidente.

"O vídeo a que Abbas se refere é velho", garantiu o porta-voz das Brigadas. Ele explicou que o túnel que aparece nas imagens e onde os ativistas colocaram uma carga explosiva é "utilizado pelos combatentes do Hamas para seus ataques contra Israel".

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Obeida também desmentiu que a residência de Abbas próxima de onde estava sendo realizada a entrevista coletiva tivesse sido saqueada durante a tomada de controle de Gaza pelas forças do Hamas. As Brigadas permitiram aos jornalistas presentes que visitassem o lugar.