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O governo liderado pelo Hamas planeja desafiar o presidente palestino, Mahmoud Abbas, no parlamento, na segunda-feira, sobre a realização de um referendo a um manifesto que reconhece Israel sem restrições, disseram legisladores do Hamas. Palestinos deverão escolher no dia 26 de julho "sim" ou "não" em resposta à pergunta: "Você concorda com o documento de acordo nacional, o documento dos prisioneiros?"

O manifesto reconhece Israel sem restrições ao pedir um Estado palestino em toda a Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada, que Israel capturou em 1967. Israel promoveu a retirada da Faixa de Gaza no ano passado.

Pesquisas de opinião mostram que a maioria dos palestinos apóia a proposta, escrita por palestinos em prisões israelenses. Israel descartou a proposta como "insignificante." Alguns analistas acreditam que a aprovação de um referendo permitiria a Abbas demitir o governo para suspender as sanções estrangeiras impostas à Autoridade Palestina e para facilitar seu plano de negociar com Israel.

Um referendo seria visto como um voto de confiança no novo governo. Um assessor de Abbas disse que o referendo pode ser cancelado se o Hamas aceitar o documento inteiramente antes da votação.

Enquanto especialistas jurídicos discordam se o parlamento tem o poder de derrubar um decreto de Abbas, emitido no sábado, marcando o referendo para 26 de julho, uma forte votação contra poderá complicar o plano do presidente ou colocá-lo sob pressão para recuar.

Legisladores do Hamas disseram que o parlamento não iria promover uma sessão emergencial na segunda-feira, intensificando a disputa de poder entre o novo governo e Abbas.

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