As Forças Armadas de Israel (FDI) deram 24 horas para os moradores de Gaza se deslocarem em direção ao sul da região nesta sexta-feira (13).
O comunicado surge em meio à crescente tensão pela entrada israelense na área, após o número de militares e equipamento bélico na fronteira ser aumentado.
“As Forças de Defesa de Israel (FDI) pedem a evacuação de todos os civis da cidade de Gaza de suas casas ao sul para sua própria segurança e proteção e mudança para a área ao sul de Wadi Gaza”, disseram por meio de um comunicado.
De acordo com o aviso, os civis poderão regressar ao norte da cidade de Gaza “apenas quando for feito outro anúncio permitindo tal movimento”.
“Os terroristas do Hamas estão escondidos na Cidade de Gaza dentro de túneis debaixo de casas e dentro de edifícios habitados por civis inocentes de Gaza”, disse ainda o Exército, destacando que o Hamas tem como estratégia usar civis como “escudos humanos”.
A medida de Israel, segundo afirmam as FDI, tem como objetivo de facilitar a operação na Cidade de Gaza, "mas com grandes esforços para evitar ferir civis”.
Por meio de documento enviado à imprensa, o grupo terrorista Hamas disse nesta sexta-feira (13) para os palestinos que vivem na Faixa de Gaza não deixarem suas casas.
Segundo os extremistas, Israel promove uma “guerra psicológica” ao dar ordem de saída aos civis palestinos e aos funcionários de organizações internacionais em direção ao sul. “A ocupação está tentando espalhar e fazer circular propaganda falsa através de vários meios, com o objetivo de criar confusão entre os cidadãos e minar a estabilidade da nossa frente interna”, diz o comunicado.
O número de mortos desde o início dos ataques do Hamas no território israelense é aproximadamente de 1.300.
Do lado palestino, as vítimas da contraofensiva israelense em Gaza já chegam a 1.417 pessoas, segundo informou nesta quinta-feira (12) o Ministério da Saúde local. O conflito é considerado o maior já realizado entre os dois lados em 50 anos.