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Membros mascarados das brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado do Hamas, nas ruas da cidade de Gaza
Membros mascarados das brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado do Hamas, nas ruas da cidade de Gaza| Foto: EPA/MOHAMMED SABER/Arquivo

A organização terrorista Hamas se pronunciou pela primeira vez nesta sexta-feira (18) em uma mensagem direcionada a Israel, após ter sido confirmada a morte do seu líder, Yahya Sinwar.

O texto diz que a eliminação de seus líderes "não significará o fim do movimento, nem da luta do povo palestino".

“O Hamas é um movimento de libertação liderado por pessoas que buscam a liberdade e a dignidade, e isso não pode ser eliminado”, afirma o documento assinado pelo chefe das relações políticas e internacionais, Basem Naim.

“Acreditamos que o nosso destino é uma de duas coisas boas: ou a vitória ou o martírio”, acrescenta.

O texto destaca que nenhuma das mortes de Israel contra alguns de seus líderes, como o comandante Sehadeh, o primeiro chefe das Brigadas Al-Qassam, o braço armado do Hamas, conseguiu enfraquecer sua milícia.

"A morte desses líderes tornou o Hamas mais forte e mais popular. Todos eles serão lembrados como ícones entre as futuras gerações que continuarão o caminho rumo a uma Palestina livre”, disse Naim.

“Sim, é muito doloroso e angustiante perder entes queridos, especialmente líderes extraordinários como os nossos, mas o que temos certeza é que finalmente sairemos vitoriosos; este é o resultado para todas as pessoas que lutaram pela sua liberdade”.

A verdade é que a morte de Sinwar marca um antes e um depois no decurso do conflito regional, uma vez que o grupo terrorista ficou sem suas principais lideranças após os assassinatos do chefe do gabinete político, Ismail Haniyeh, e do chefe militar, Mohamed Deif. O Hamas não menciona nenhum destes três terroristas em seu último comunicado.

"O Hamas não governará mais Gaza. É o começo do dia depois do Hamas", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, poucas horas após as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmarem a morte de Sinwar.

Netanyahu advertiu, no entanto, que a guerra na Faixa ainda não terminou, visto que ainda existem “muitos desafios pela frente”; ao mesmo tempo que envia uma mensagem à região, especificamente ao Líbano, onde as tropas israelenses continuam uma ofensiva terrestre desde 1º de outubro contra o Hezbollah.

Nesta sexta-feira, as FDI continuam operando em diferentes pontos usados como esconderijos do Hamas na Faixa de Gaza e no Líbano, de onde o Hezbollah atua.

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