Cairo - Questões envolvendo o controle das forças de segurança e outros assuntos importantes explicitaram ontem as diferenças entre os movimentos palestinos rivais Hamas e Fatah. Os grupos devem assinar amanhã um acordo para encerrar o racha no governo pa­­lestino, que já dura quatro anos.

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O primeiro-ministro de Gaza, Ismail Haniyeh, disse que o Ha­­mas não vai abrir mão do controle das forças de segurança e que vai manter o governo de Gaza mesmo depois da efetivação do acordo de unidade. Isso vai contra a proposta do Fatah de que haveria uma única autoridade com o controle de todas as armas na Cisjordânia e em Gaza.

Não há acordo também sobre a relação com Israel e sobre quem será o primeiro-ministro do go­­verno de unidade.

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Segundo um acordo estrutural acertado na semana passada, um governo interino de unidade deve ser formado para preparar as eleições parlamentares e presidenciais no ano que vem.

As questões relacionadas à segurança e a Israel têm forte relação. O Fatah, força dominante na Autoridade Nacional Palestina (ANP) que governa a Cisjordânia, reconhece Israel e assinou uma série de acordos de paz interinos, embora no mo­­mento as negociações estejam paralisadas por causa das construções israelenses em assentamentos na Cisjor­­dânia.

Já o Hamas não aceita a existência de um Estado judeu no is­­lâmico Oriente Médio, embora alguns integrantes mais pragmáticos aceitem um Estado palestino na Cisjordânia e em Gaza co­­mo uma medida provisória.

O Hamas enviou dezenas de suicidas para Israel e disparou mi­­lhares de foguetes contra o território israelense.

O grupo é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

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