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O confronto entre facções rivais palestinas piorou nesta sexta-feira na Faixa de Gaza, deixando pelo menos cinco mortos. O Hamas tomou várias instalações de segurança e lançou morteiros e foguetes contra os escritórios do presidente Mahmoud Abbas.

Três membros do Hamas e dois dos serviços de inteligência de Abbas foram mortos nos conflitos, que encerraram três dias de cessar-fogo entre a Fatah e o movimento islâmico.

Os Estados Unidos convocaram um encontro do chamado quarteto de mediadores do Oriente Médio nesta sexta-feira, em Washington, tentando angariar apoio da União Européia, da Rússia e da Organização das Nações Unidas (ONU) para o seu embargo contra o governo liderado pelo Hamas. Os norte-americanos tentam também reativar as negociações de paz através de Abbas, que é moderado.

Os EUA prometeram 86 milhões de dólares para reforçar os serviços de segurança de Abbas.

Em Gaza, forças rivais leais à Fatah e ao Hamas enfrentaram-se nas ruas e nos telhados.

Houve tiroteio perto de uma importante base militar usada pela guarda presidencial de Abbas. Membros do Hamas atacaram o local com morteiros, disseram testemunhas.

O Hamas ocupou uma delegacia de polícia dominada por membros leais à Fatah na Cidade de Gaza.

O Hamas tomou também o quartel-general do Serviço de Segurança Preventiva em um campo de refugiados no norte de Gaza, segundo fontes de segurança da Fatah.

A Segurança Preventiva é dominada pela Fatah e fontes disseram que o Hamas está levando escavadeiras para demolir o prédio.

Uma frágil trégua entre as facções foi rompida na quinta-feira, quando membros do Hamas emboscaram o que o grupo islâmico afirmava ser um comboio com equipamento militar para a guarda presidencial de Abbas em Gaza. Seis pessoas morreram na ação.

A Fatah diz que o comboio, que chegou a partir de Israel, levava produtos médicos e barracas.

Militantes do Hamas dispararam morteiros e foguetes contra os escritórios de Abbas depois que simpatizantes da Fatah entraram na Universidade Islâmica, pró-Hamas.

Uma autoridade de segurança ligada à Fatah disse que sete iranianos foram presos na universidade e que um oitavo explodiu-se durante o confronto. O Hamas e dirigentes da universidade negam a presença de estrangeiros.

Na Cisjordânia ocupada, o Exército israelense informou que matou quatro palestinos armados em duas operações separadas. Mas autoridades palestinas disseram ter informação sobre apenas duas mortes, de membros da força de Segurança Preventiva.

O Hamas derrotou a facção Fatah, que dominava a política palestina, na eleição de um ano atrás. Mas o Hamas tem dificuldades para governar desde que assumiu o poder, em março, devido a sanções.

Estas sanções foram impostas devido à recusa do grupo em reconhecer Israel, renunciar à violência e aceitar os atuais acordos de paz com o Estado judaico.

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